
Nesta quinta-feira, 31 de agosto, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), foi realizado um encontro voltado para a inovação e o desenvolvimento tecnológico. O Seminário de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, promovido pela FIESP e CIESP, reuniu especialistas, autoridades governamentais e representantes da indústria em um debate crucial sobre políticas de inovação e desenvolvimento tecnológico, bem como as perspectivas para o financiamento e a subvenção de projetos inovadores.
O evento contou com as presenças de Josué Gomes da Silva, Presidente da FIESP, Rafael Cervone Netto, Presidente do CIESP, Pedro Wongtschowski, Presidente do CONIC da FIESP, Nelson Barbosa, Diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Luciana Santos, Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e Geraldo Alckmin, Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Durante o Seminário, o Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, revelou uma notícia marcante: a menor taxa de juros já registrada para financiamento à inovação no setor industrial, fixada em 4% ao ano. Alckmin destacou a importância de recursos e crédito adequados para impulsionar a inovação, sublinhando o papel central da indústria no desenvolvimento do Brasil.
O anúncio representa a disponibilização de R$ 60 bilhões para investimentos em inovação até 2026, com R$ 20 bilhões provenientes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e outros R$ 20 bilhões do MCTI (Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação) via Finep, ambos com juros de 4%. Além disso, a Finep disponibilizará mais R$ 20 bilhões, que não precisarão ser reembolsados. Isso se soma ao programa de neoindustrialização do governo, que agora atinge R$ 106 bilhões.
O Presidente da FIESP, Josué Gomes da Silva, elogiou a iniciativa de fortalecer e modernizar o parque industrial brasileiro, destacando que a indústria impulsionará o crescimento nacional de maneira justa e equitativa. Ele acredita que o Brasil tem o potencial de voltar a ser uma das principais economias globais.
A Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, enfatizou que a indústria pode ser um motor significativo da inovação e um elemento fundamental na nova fase de industrialização do Brasil, com base em tecnologias sustentáveis. Ela ressaltou a importância do apoio contínuo do Estado por meio do fomento, apontando que uma indústria forte impulsiona a demanda por qualificação de trabalhadores e cria melhores oportunidades de emprego e renda.
Após a abertura iniciaram-se os painéis e neles ficou claro a importância da área de defesa e segurança. Nas diretrizes do programa do novo governo para a reconstrução e transformação do Brasil consta a recomposição do sistema nacional de fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico do país via fundos e agências públicas (FNDCT). Entre as áreas prioritárias está o Complexo Industrial e tecnológico de Defesa. O seminário contou com três painéis de discussão que abordaram questões fundamentais relacionadas à inovação e ao desenvolvimento tecnológico.
1º Painel: Diretrizes e focos de ação da política de inovação e desenvolvimento tecnológico
Neste primeiro painel, foram debatidas as propostas de políticas de inovação e desenvolvimento tecnológico apresentadas pela FIESP, bem como as prioridades de ação e instrumentos de política do governo federal para dinamizar a inovação e o desenvolvimento tecnológico.
2º Painel: Aprimoramentos dos incentivos fiscais à inovação pela Lei do Bem
No segundo painel, foram discutidos os gargalos no uso da Lei do Bem e as possíveis formas de aprimoramento, incluindo a dedução do benefício em mais de um período de apuração fiscal e a ampliação do alcance dos benefícios para empresas de lucro presumido.
3º Painel: Perspectivas para financiamento e subvenção à inovação
No terceiro painel, foram abordadas as prioridades de ação para financiamento e subvenção à inovação, bem como questões relacionadas aos custos do crédito e à facilitação do acesso ao crédito, incluindo a discussão sobre fundos garantidores.
O Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (SIMDE), foi representado na ocasião por seu Vice-Presidente Executivo, José Cláudio Manesco, e outras duas empresas associadas ao sindicato, a ABCI e a MacJee, demonstrando seu comprometimento com o desenvolvimento tecnológico e a inovação no setor de defesa.
O Seminário de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico na FIESP representou um marco importante para a discussão de políticas e estratégias que impulsionarão a inovação e o desenvolvimento tecnológico no Brasil. As perspectivas e ideias apresentadas neste evento certamente contribuirão para o avanço do país no cenário global da tecnologia e inovação.
O evento pode ser visto no canal da Fiesp no YouTube.
Imagens: Paulo Pinto/Agência Brasil e Ayrton Vignola/Fiesp
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