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SIMDE, FIESP e FIRJAN recebem o senador Carlos Portinho em Reunião Plenária Conjunta

Atualizado: 18 de jul.

Imagem: FIESP | Da esquerda para direita: General de Exército R/1 Francisco Carlos Modesto, veterano e ex-comandante do Comando Militar do Sudeste (CMSE); Frederico Aguiar, Presidente do SIMDE; Senador Carlos Portinho; Carlos Erane de Aguiar, 1º vice-presidente da FIRJAN, diretor titular do DESEG da FIESP; o Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Augusto Fonseca Neubert, Diretor-Geral do DCTA; Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha; e o General de Divisão Edson Massayuki Hiroshi, Comandante da Divisão Presidente Costa e Silva do Exército.
Imagem: FIESP | Da esquerda para direita: General de Exército R/1 Francisco Carlos Modesto, veterano e ex-comandante do Comando Militar do Sudeste (CMSE); Frederico Aguiar, Presidente do SIMDE; Senador Carlos Portinho; Carlos Erane de Aguiar, 1º vice-presidente da FIRJAN, diretor titular do DESEG da FIESP; o Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Augusto Fonseca Neubert, Diretor-Geral do DCTA; Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha; e o General de Divisão Edson Massayuki Hiroshi, Comandante da Divisão Presidente Costa e Silva do Exército.

Na quinta-feira, 17 de julho, o Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (SIMDE), e as Federações das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do Rio de Janeiro (FIRJAN), realizaram uma reunião plenária conjunta na sede da FIESP, em São Paulo. O convidado foi o senador Carlos Portinho (PL-RJ), autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 55/2023, que trata da destinação mínima de recursos para as Forças Armadas e para os projetos estratégicos da Base Industrial de Defesa (BID).


Na abertura do encontro, Carlos Erane de Aguiar, 1º Vice-Presidente da FIRJAN e Diretor-Titular do DESEG da FIESP, ressaltou a importância de consolidar a defesa nacional como vetor estruturante de soberania, inovação e desenvolvimento. Ele destacou que a reunião representava mais do que uma atividade institucional, era um esforço coletivo para reafirmar o papel estratégico da BID no contexto político e econômico atual.


Carlos Erane também valorizou o apoio parlamentar à causa, especialmente diante dos desafios orçamentários e da urgência em ampliar os investimentos em pesquisa, tecnologia e manutenção das capacidades operacionais das Forças Armadas. Ele aproveitou a ocasião para reconhecer a atuação do senador Carlos Portinho em prol da BID, classificando sua proposta como uma medida vital para o futuro do setor. Ele apontou que a PEC 55/2023, mesmo diante das adaptações em discussão - como a vinculação à Receita Corrente Líquida (RCL) -, continua sendo um passo decisivo para garantir previsibilidade fiscal e estabilidade para programas estratégicos.


Na sequência, o senador Carlos Portinho apresentou a PEC 55/2023 como um projeto suprapartidário e de Estado. A proposta, segundo ele, estabelece um piso orçamentário de 2% do PIB para as Forças Armadas, assegurando que ao menos 35% desse montante seja destinado a projetos estratégicos desenvolvidos pela indústria nacional. Ele destacou que o objetivo não é restringir a gestão fiscal, mas garantir previsibilidade e continuidade a um setor essencial para a soberania nacional e frequentemente escanteado nas questões orçamentárias. O senador também apontou que a medida pode impulsionar a economia, ao fomentar cadeias produtivas intensivas em tecnologia e conhecimento, além de criar um ambiente mais seguro para a retenção de talentos e o fortalecimento da base industrial do país.


Portinho recordou que a inspiração para a proposta surgiu ao ter acesso a um antigo projeto não protocolado do senador Arolde de Oliveira, de quem foi suplente e sucessor. Com experiência legislativa na relatoria de temas como a Lei da SAF e a PEC dos Municípios, o senador relatou que a PEC da Defesa é, em sua visão, a mais importante de sua carreira. Ele ressaltou que, em um cenário global de instabilidade geopolítica, o Brasil precisa elevar seus níveis de investimento em defesa para padrões internacionais, sob risco de perder protagonismo industrial e autonomia estratégica.


Ainda segundo o senador, o investimento em defesa deve ser compreendido não como gasto, mas como uma política de desenvolvimento nacional. Ao abordar exemplos como o submarino nuclear, os caças Gripen, os satélites nacionais e a atuação das Forças Armadas em desastres naturais e crises humanitárias, Portinho demonstrou que a defesa contribui diretamente para a segurança da população, para a inovação tecnológica e para a soberania do país. Ele também anunciou que está articulando audiências públicas no Senado para debater o tema com a sociedade civil, o setor produtivo e os comandantes das três Forças.


No dia 1º de abril, o senador Carlos Portinho foi agraciado com o Prêmio General Joaquim de Sousa Mursa 2025, concedido pelo SIMDE, em reconhecimento à sua atuação como interlocutor do setor no Congresso. A premiação, que contou com o patrocínio das federações industriais de São Paulo (FIESP) e do Rio de Janeiro (FIRJAN), simbolizou o apoio das entidades ao esforço legislativo que busca garantir previsibilidade de investimentos e fortalecer a BID brasileira.


Frederico Aguiar, Presidente do SIMDE
Frederico Aguiar, Presidente do SIMDE

O presidente do SIMDE, Frederico Aguiar, reafirmou o compromisso do sindicato com o fortalecimento da BID e da indústria nacional como um todo. Ele criticou a ausência de pensamento estratégico de longo prazo no Brasil, ressaltando que o país tende a tratar questões de defesa apenas de maneira tática e descontinuada, comprometendo a construção de uma política de Estado duradoura. Para ele, discutir defesa é também discutir economia, cadeia produtiva, empregos qualificados e inserção internacional. A indústria de defesa, segundo Frederico, vai além de armamentos: envolve setores como tecnologia, vestuário, logística, saúde e alimentos.


O presidente do SIMDE também alertou para o risco de o país perder canais diplomáticos e comerciais importantes por falta de articulação institucional no campo da defesa. Citando experiências anteriores, como missões comerciais conjuntas lideradas por ministros da Indústria e da Defesa, reforçou que o setor possui um enorme potencial para abrir portas internacionais, inclusive em mercados sensíveis. Defendeu ainda que o Brasil deve utilizar sua capacidade de projeção de poder, combinando diplomacia militar e econômica, para ampliar suas exportações e consolidar parcerias estratégicas.


Na ocasião, também foi feita a entrega do Anuário 2024 de Mercados Ilícitos Transnacionais, publicação organizada pelo Instituto de Estudos Estratégicos e que apresenta dados sobre comércio ilegal e suas implicações para a segurança nacional. O material foi entregue ao senador Portinho por Rafael Cervone, 1º Vice-Presidente da FIESP, na presença de Carlos Erane de Aguiar e Frederico Aguiar. A publicação visa subsidiar políticas públicas e fomentar o debate qualificado sobre o enfrentamento aos crimes transnacionais.


Da esquerda para direita: Carlos Erane de Aguiar; Rafael Cervone, 1º Vice-Presidente da FIESP; Senador Carlos Portinho; e Frederico Aguiar.
Da esquerda para direita: Carlos Erane de Aguiar; Rafael Cervone, 1º Vice-Presidente da FIESP; Senador Carlos Portinho; e Frederico Aguiar.

Participaram da mesa diretora da reunião o General de Exército R/1 Francisco Carlos Modesto, veterano e ex-comandante do Comando Militar do Sudeste (CMSE); o Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Augusto Fonseca Neubert, Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA); o Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha; e o General de Divisão Edson Massayuki Hiroshi, Comandante da Divisão Presidente Costa e Silva do Exército.


O Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa esteve representado por Frederico Aguiar, presidente da entidade, Christian Callas, Vice-Presidente do SIMDE, e por Carlos Erane de Aguiar, 1º vice-presidente da FIRJAN, diretor titular do DESEG da FIESP e representante do SIMDE junto às federações, além de diversos diretores da instituição. O encontro também contou com a participação de autoridades civis e militares, representantes do setor produtivo, especialistas em segurança pública e de várias empresas associadas ao SIMDE.


Imagens: FIESP



 
 
 

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