Nesta quarta-feira (13/09), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), foi realizado o Seminário de Lançamento do Anuário de Mercados Ilícitos 2023, o evento teve como objetivo apresentar os resultados do monitoramento, obtidos através de análises de cenários sobre o comércio ilícito, visando elevar o nível da discussão e a compreensão sobre os riscos e respectivas medidas preventivas acerca do tema.
A abertura do evento foi realizada por Carlos Erane de Aguiar, Presidente do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (SIMDE) e Diretor Titular do Departamento de Defesa e Segurança (DESEG) da Fiesp, que enfatizou os números extraordinários que indicam um crescente mercado de produtos ilícitos. Por outro lado, observou-se a presença de consumidores desinformados, que desavisadamente comprometem sua própria segurança ao contribuir para o fortalecimento dos grupos criminosos por trás dessas operações.
No ano passado, os mercados ilícitos movimentaram uma cifra alarmante de R$ 23,36 bilhões apenas no Estado de São Paulo, de acordo com dados apresentados no seminário, essa atividade criminosa está deixando um rastro de prejuízos na indústria e no comércio, resultando em perda de receitas e empregos formais, além de gerar insegurança.
Um dos impactos mais significativos é a perda de 170 mil empregos formais, equivalente a R$ 5,76 bilhões em salários que deixaram de ser pagos. Além disso, a evasão fiscal atingiu números assustadores, com R$ 5,77 bilhões em impostos federais e outros R$ 5,78 bilhões em impostos estaduais não arrecadados.
O mercado ilegal não se limita a um setor específico, abrangendo nove áreas industriais, desde eletrônicos até medicamentos, sendo que o tabaco lidera o ranking desse mercado, enquanto brinquedos ocupam a nona posição. No total, os setores de Alimentos e Bebidas, e Higiene, juntos, geram mais de R$ 2 bilhões para o mercado ilegal.
Desde 2016, o Departamento de Defesa e Segurança (Deseg) da Fiesp acompanha o mercado ilícito no Estado, com destaque para produtos proibidos, mercadorias roubadas e evasão fiscal. É um fenômeno transnacional que também afeta o comércio eletrônico devido às tecnologias que facilitam as operações ilegais.
Diante desses desafios, autoridades, sindicatos, associações e setores produtivos estão unindo esforços para combater esse mercado crescente e prejudicial. A conscientização dos consumidores e a atualização da legislação são fundamentais para conter essa prática prejudicial à sociedade e à economia.
Também estiveram presentes na sede da FIESP, José Cláudio Manesco, Vice-Presidente Executivo do SIMDE, e o Brigadeiro Veterano Nilson Soilet Carminati, Vice-Presidente de Relações Institucionais do Sindicato.
O evento pode ser visto no canal da Fiesp no YouTube.
Acesse o Anuário de Mercados Ilícitos 2023 da FIESP clicando aqui, ou pelo pelo QR CODE abaixo:
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