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SIMDE participa de Reunião Plenária Conjunta com FIESP e FIRJAN

Atualizado: 27 de jun.

Imagem: FIRJAN
Imagem: FIRJAN

Na última quarta-feira, 25 de junho, o Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (SIMDE) participou da Reunião Plenária Conjunta com as Federações das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do Rio de Janeiro (FIRJAN), realizada na sede da FIRJAN, no Rio de Janeiro. A reunião teve como tema central o atual cenário da segurança pública no Estado do Rio de Janeiro e o papel estratégico da Base Industrial de Defesa nesse contexto.


A abertura da plenária foi conduzida por Carlos Erane de Aguiar, 1º Vice-Presidente da FIRJAN e Diretor Titular do Departamento de Defesa e Segurança (DESEG) da FIESP, que ressaltou a importância do alinhamento institucional entre SIMDE, FIRJAN e FIESP para tratar de temas estruturantes que impactam diretamente o ambiente de negócios, como a segurança pública. Em sua fala, ele destacou o impacto da criminalidade sobre a competitividade industrial, citando que dois em cada três empresários fluminenses têm suas decisões de investimento afetadas pelas condições locais de segurança.


Ao longo de sua apresentação, o Coronel Marcelo Menezes, Secretário de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro, compartilhou um panorama abrangente sobre os desafios enfrentados pela segurança pública no estado do Rio de Janeiro e apresentou os pilares estratégicos da atual gestão da PMERJ. Ele destacou a importância de tratar o planejamento institucional como uma estrutura viva, que demanda ajustes constantes conforme a evolução do cenário urbano, das dinâmicas criminais e do comportamento social. Segundo o Secretário, o novo Plano Estratégico da corporação foi desenhado com base em critérios técnicos, análises territoriais, foco em resultados e busca permanente por inovação, incluindo a ampliação do uso de tecnologias como drones, softwares de mapeamento e painéis de inteligência tática.


O Coronel Marcelo também ressaltou o esforço da Polícia Militar em reconstruir sua imagem diante da sociedade fluminense, apresentando dados que evidenciam quedas expressivas nos indicadores de criminalidade, como roubos e furtos, nos últimos dois anos. Em sua fala, sublinhou a relevância do alinhamento institucional entre os diversos entes da federação e da cooperação com o setor produtivo, especialmente com entidades como o SIMDE, a FIESP e a FIRJAN.


Ainda segundo o Coronel, parcerias com centros de pesquisa, universidades e empresas do setor de defesa e segurança são vitais para que a PMERJ mantenha sua capacidade operacional alinhada às transformações tecnológicas e sociais, ampliando a eficiência no combate ao crime organizado e na proteção do cidadão.


Após as apresentações, Luiz Cristiano Vallim Monteiro, Diretor do SIMDE, dirigiu-se ao Secretário com uma mensagem institucional de apoio irrestrito das entidades presentes – SIMDE, FIESP e FIRJAN – ao trabalho técnico e estratégico da Polícia Militar. Destacou que o sindicato e as federações são espaços técnicos e apartidários, comprometidos com o fortalecimento da indústria nacional e com a geração de um ambiente seguro para o desenvolvimento socioeconômico do estado.


Na sequência, o Diretor do sindicato apresentou reflexões estratégicas sobre o impacto da atual legislação penal na reincidência criminal, defendeu a revisão da legislação federal que regula audiências de custódia, saídas temporárias e progressões de regime, apontando a necessidade de um debate mais técnico e menos ideologizado sobre a questão.


O Secretário agradeceu o apoio das entidades e reconheceu a importância da escuta institucional promovida pela plenária. Em sua resposta, reforçou que a reincidência é, de fato, um dos maiores desafios operacionais enfrentados pela Polícia Militar. Ressaltou que a legislação atual, somada à baixa taxa de responsabilização penal, gera uma percepção de impunidade que compromete o trabalho das forças de segurança e a confiança da população no sistema de justiça criminal.


Coronel Marcelo também comentou sobre o impacto da presença de armamento de guerra no cotidiano fluminense, especialmente fuzis em áreas urbanas. Segundo ele, embora a neutralização de grandes lideranças criminosas seja relevante, o que mais afeta a percepção da população são os pequenos delitos, como furtos e roubos. Ressaltou que o combate ao crime precisa ser amplo, envolvendo não apenas ações de enfrentamento, mas também medidas de infraestrutura social, ordenamento urbano e políticas públicas de longo prazo.


O Brigadeiro Wilson José Romão, Coordenador do Comitê de Offset do SIMDE, também dirigiu uma pergunta ao Secretário Coronel Marcelo Menezes com foco no uso de novas tecnologias no combate ao crime organizado. Romão elogiou a apresentação institucional da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, destacando a capacidade técnica da corporação e o avanço no uso de ferramentas modernas, como os drones. Em tom comparativo com as táticas de apoio aéreo aproximado utilizadas na Força Aérea, o Brigadeiro questionou o Secretário sobre a percepção da PMERJ quanto à ameaça representada pelo uso de drones por organizações criminosas, prática já registrada em outros países, e indagou sobre a preparação da corporação para lidar com esse cenário crescente, incluindo o uso de sistemas antidrones.


Em resposta, o Coronel Marcelo Nogueira reafirmou que o planejamento de segurança pública deve ser tratado como um organismo vivo - dinâmico e em constante adaptação. Destacou que a corporação mantém um sistema de inteligência ativo e eficaz, apoiado por investimentos contínuos da Secretaria de Estado de Polícia Militar, com foco na produção de relatórios estratégicos que subsidiam decisões operacionais.


O Secretário confirmou que, assim como as forças policiais têm incorporado novas tecnologias às suas práticas, grupos criminosos também vêm utilizando drones em suas atividades ilícitas. Nesse sentido, adiantou que o Gabinete de Segurança Institucional do Governo do Estado já está com uma licitação em curso para aquisição de sistemas antidrones, reconhecendo a necessidade urgente de dotar as polícias com esse tipo de recurso defensivo.


O palestrante também destacou o esforço da gestão atual em ampliar a formação e atualização dos efetivos da corporação. Segundo ele, oficiais e praças de diferentes unidades estão sendo enviados para programas de capacitação voltados ao domínio de tecnologias emergentes, como inteligência artificial, sensoriamento remoto e táticas operacionais modernas. A troca de experiências e a adoção de boas práticas, tanto nacionais quanto internacionais, têm sido pilares centrais da política de qualificação profissional adotada pela PMERJ.


Por fim, Carlos Erane de Aguiar, ressaltou ainda que a FIRJAN tem atuado ativamente na promoção de iniciativas voltadas ao setor de segurança e no financiamento de cursos de qualificação para policiais militares. A federação também vem defendendo publicamente a valorização da produção nacional e a necessidade de compras governamentais priorizarem empresas sediadas no Brasil, reforçando a Base Industrial de Defesa como vetor de desenvolvimento econômico e social.


Ao final da reunião, os participantes reiteraram o compromisso de aprofundar a integração entre indústria, governo e forças de segurança para ampliar a eficiência das políticas públicas. A plenária marcou mais um passo no processo de reconstrução da imagem institucional do setor e reafirmou a disposição das entidades em colaborar com propostas estruturantes para o país, com foco na soberania, inovação e desenvolvimento sustentável.


O SIMDE esteve representado presencialmente por Luiz Cristiano Vallim Monteiro, Diretor do Sindicato; pelo Brigadeiro Wilson José Romão, Coordenador do Comitê de Offset do SIMDE; e por Carlos Erane de Aguiar, 1º Vice-Presidente da FIRJAN, Diretor Titular do DESEG da FIESP e representante do sindicato junto às federações. O encontro também contou com a presença de autoridades civis, militares, representantes do setor produtivo e especialistas em segurança pública.


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